A gastronomia típica da Ilha de Santa Catarina: um elemento de importância para o turismo cultural

Publicado em 2012 Autor: Bianca Oliveira Antonini

Este trabalho pretende demonstrar que, passados 250 anos, culturalmente não se pode mais utilizar a terminologia “gastronomia açoriana” nos restaurantes da Ilha de Santa Catarina como um diferencial no marketing turístico, cultural e gastronômico da restauração. Muitos dos hábitos alimentares trazidos pelos açorianos foram modificados não só pelo clima, mas também devido à ausência de produtos básicos da sua alimentação original e pela influência das novas culturas alimentares pertencentes aos índios, considerados nativos da ilha e dos vicentistas, seus primeiros povoadores. Ao longo do tempo a cultura alimentar deu origem a uma nova gastronomia típica, formada por várias culturas.

A Rede de Cidades Criativas da UNESCO: uma perspectiva das cidades brasileiras

Publicado em 2017 Autor: Victor Moura Soares Ferreira

A ideia da cidade criativa surge como fruto da era pós-industrial, época em que as cidades precisavam se reinventar a partir de uma relação estratégica com a criatividade, especificamente com a indústria criativa e a economia criativa. Com o objetivo de compreender essa dinâmica que utiliza a cultura como estratégia de gestão urbana, a investigação da Rede pela perspectiva das cinco cidades brasileiras – Florianópolis, Curitiba, Belém, Santos e Salvador – permitiu identificar as estratégias que configuram esse programa e, também, as nuances de cada uma. A ideia partiu da averiguação de formulários de candidatura, de informações em meios eletrônicos e arquivos digitais. A investigação faz repensar que o discurso da cidade criativa está mais próximo do viés imagético, econômico e político, do que de um modelo ideal de cidade pós-industrial, como alguns teóricos afirmam. Possivelmente, a cidade criativa seja apenas reflexo de uma imagem, que se iniciou na economia e diluiu-se no discurso de gestores, possuindo o Estado-Nação como agente controlador.

Alimentação e culinária na cultura dos descendentes de açorianos em Santo Antônio de Lisboa – Florianópolis (Ilha de Santa Catarina – Brasil)

Publicado em 2010 Autor: Rose Maria Martins Gomes de Sousa

O tema condutor do trabalho reside na análise da comida identificada como açoriana, como parte das reivindicações identitárias de habitantes de Florianópolis, Santa Catarina - Brasil. Com esse efeito, estudamos Santo Antônio de Lisboa, localizado no norte da Ilha, uma das localidades onde se instalaram as primeiras comunidades de imigrantes açorianos, em meados do Século XVIII (1748-56), e que portanto, nas últimas décadas, assim como por toda Ilha tem vindo a reivindicar uma cultura de matriz açoriana. Pretendemos com este estudo de caso contribuir para a análise do papel da alimentação e da cozinha na construção das identidades colectivas. O trabalho se desdobrará em várias dimensões temáticas: uma síntese de bibliografia oriunda da antropologia e sociologia da alimentação; a questão da identidade relacionada com a alimentação e a cozinha; a história dos imigrantes açorianos em Santa Catarina, Florianópolis e Santo Antônio de Lisboa; a alimentação e a culinária no Arquipélago açoriano e na ilha de Santa Catarina. Dá-se um destaque particular ao seu objectivo central: a exaltação da identidade açoriana, reivindicada pelos habitantes locais, através da alimentação e da culinária.

Cozinha Regional na Ilha de Santa Catarina: dinâmicas de atualização

Publicado em 2017 Autor: Donato Marcelo Dreher Heuser

Esta tese analisa processos de atualização da Cozinha Regional da Ilha de Santa Catarina com base em referenciais geográficos e socioantropológicos. Para análise específica do objeto apresentamos dados teóricos sobre a formação socioespacial de cozinhas historicamente constituídas na Ilha de Santa Catarina. Sequencialmente foi relatada a síntese dos dados primários resultantes da pesquisa de campo sobre a Cozinha Regional da Ilha de Santa Catarina e suas atualizações. Complementamos com a respectiva análise qualitativa dos dados, pautada nas linhas teóricas sobre formação socioespacial, cozinha e região. A apreciação dos dados indicou “forças e-ou eventos” representando significativos marcos de “atualização” na formação histórica da CRISC, com especiais traços de hipermodernidade para as “formas ou fixos” atuais da mesma. Sendo assim, constatamos que a cozinha regional atualizada contém elementos históricos culturais da cozinha original, influenciada por verticalidades e horizontalidades de ordem político-econômicas, que interferem de maneira sistemática em seus processos evolutivos.

Educação Profissional em Cozinha e Serviços de Restaurante na França

Publicado em 2013 Autor: Fernando Goulart Rocha; Fabiana Mortimer Amaral; Jean François Mathieu Bruneliere

Ressalta a estrutura acadêmica e as políticas de formação para as atividades do turismo na França. Foram realizadas visitas a duas instituições francesas voltadas à Educação Profissional, constatando forte vínculo entre as práticas pedagógicas das instituições de Educação Profissional francesas e a rotina de funcionamento do mercado de trabalho na referida área. Em outro sentido, foram avaliadas como positivas as políticas nacionais de orientação curricular e avaliação do ensino vigentes na França. Conclusão: A partir da experiência francesa, almeja-se que o estudo seja capaz de colaborar para qualificação profissional dos trabalhadores de Cozinha e Serviços de Restaurante e contribuir para o desenvolvimento das atividades do turismo no território brasileiro.

Elementos constituintes para uma Aromateca: uma projeção possível

Publicado em 2017 Autor: Jorge Moisés Kroll do Prado

A partir dos últimos anos do século XX, as bibliotecas passaram a adotar um formato diferente de atuação. Seja para que se pudessem manter respeitadas pela sociedade, seja pela necessidade imprescindível de se reinventarem, os livros começaram a deixar de ser a única fonte de informação. As tecnologias, sejam as de aparatos físicos (dispositivos), sejam as digitais (aplicativos e softwares), também colaboraram para que essa transformação começasse a ser constatada. Vários novos produtos e serviços de informação nasceram de um acompanhamento do desenvolvimento social, cultural e econômico, das tecnologias e das novas formas de ensinar e de aprender. Os bibliotecários começaram a entender que precisavam abrir espaços entre suas estantes para alcançar e propor novas formas de disseminar e criar informação. É dentro desse contexto que neste capítulo quero apresentar os elementos fundamentais para a criação e o desenvolvimento de uma aromateca de especiarias.

Engenhos de farinha: história, memória e resistência no litoral catarinense

Publicado em 2017 Autor: Manuela Valim Braganholo

Investiga os processos que trouxeram os engenhos artesanais até a contemporaneidade e a construção da articulação em rede e da patrimonialização como estratégias políticas para a continuidade dos engenhos de farinha. A farinha de mandioca foi o alimento básico e a principal atividade econômica do litoral de Santa Catarina, especialmente a partir do século XVIII. Os engenhos de farinha garantiram a segurança alimentar das populações locais e a possibilidade de trocas no mercado interno até meados do século XX. A partir dessa época, a pressão por terras para projetos de desenvolvimento industriais e turísticos, bem como urbanização não planejada dos territórios, modificou as relações de produção e consumo da farinha. A redução das terras cultivadas e a descaracterização dos engenhos tradicionais para o atendimento de normas sanitárias destituiu a farinha artesanal de seu destaque econômico regional, fechando ou transformando o caráter produtivo de muitos engenhos. No século XXI, as farinhadas seguem produzindo farinha, beijus, cuscuz e diversos significados simbólicos, reatualizando tradições das populações litorâneas, contudo. Contemporaneamente os engenhos (re)aparecem em discursos que interligam agroecologia, turismo, gastronomia regional, demandas fundiárias e por valorização cultural. As sociabilidades, tradições e práticas vividas nos engenhos são articuladas entre diversos atores na Rede Catarinense de Engenhos de Farinha, ensejando o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil.

Gastronomia como Identidade de Marca para Destinos Turísticos em Cidades Criativas

Publicado em 2018 Autor: Guilherme Henrique Koerich, Richard Perassi Luiz de Sousa e Francisco Antonio Pereira Fialho

As cidades criativas têm como característica basilar, processos contínuos de inovação e criação, sejam de ideias, tradições locais, tecnologias, produtos e serviços, em diversas áreas de concentração. Tal característica é responsável por despertar o interesse de turistas, fomentando a atividade turística no local.

O Tradicional e o Contemporâneo: Florianópolis, Cidade Unesco da Gastronomia

Publicado em 2016 Autor: Gisele Palma Moser, Krisciê Pertile Perini

Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, está inserida nesta rede na categoria Gastronomia, desde 2014. Neste artigo busca-se apresentar os dados referentes à gastronomia local da cidade, bem como os fatores que auxiliaram na sua inclusão na Rede de Cidades Criativas.

PANC’s: a cultura alimentar de hortaliças tradicionais na modernidade

Publicado em 2018 Autor: Michel Abras

Este trabalho propõe a investigação da realidade social e cultural da região mineira do Santuário do Caraça e seu entorno, no que diz respeito à alimentação, em especial o consumo do que se tem tratado na contemporaneidade como Plantas alimentícias não convencionais - Panc. Nossa inquietude se concentra em como se dá a presença das tradições e culturas alimentares na modernidade contemporânea da região, em especial, no uso dessas plantas. Nosso objetivo é verificar se acontecem ressignificações de seu valor e seu uso, principalmente por intermédio do que chamamos aqui de mediações culturais. Para isso, realizaram-se pesquisas documentais e bibliográficas além de observação participativa e entrevistas com Instituições e atores que atuam na circulação cultural dos saberes da região como é o caso do Programa Primórdios da Cozinha Mineira – da história à mesa, o qual propomos analisar mais de perto. Observou-se, por intermédio das pesquisas, existir, de certo modo, uma dicotomia no que se refere ao conhecimento e ao consumo das Panc na alimentação da região, o que propomos descrever neste trabalho.

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